Oficina de Língua Portuguesa II
As definições dos dicionários indicam que a palavra medo significa uma espécie de perturbação diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não. Pode-se entender ainda o medo enquanto um estado de apreensão, de atenção, esperando que algo ruim vá acontecer.
Para além das definições da palavra, o medo é uma sensação. Essa sensação está ligada a um estado em que o organismo se coloca em alerta, diante de algo que se acredita ser uma ameaça.
O medo é um estado de alerta extremamente importante para a sobrevivência humana. Uma pessoa sem medo nenhum pode se expor a situações extremamente perigosas, arriscando a própria vida, sem medir as possíveis consequências trágicas de seus atos.
Como o organismo reage ao medo?
O medo é uma sensação em consequência da liberação de hormônios como a adrenalina, que causam imediata aceleração dos batimentos cardíacos. É uma resposta do organismo a uma estimulação aversiva, física ou mental, cuja função é preparar o sujeito para uma possível luta ou fuga. Antes de sentir medo, a pessoa experiencia a ansiedade, que é uma antecipação do estado de alerta. Entre outras reações fisiológicas em relação ao medo, podemos citar o ressecamento dos lábios, o empalidecimento da pele, as contrações musculares involuntárias como tremedeiras, entre outros.
Em alguns casos, o organismo reage de forma exagerada ao medo, fazendo com que esse estado de alerta, benéfico em muitos momentos da vida, transforme-se em um estado patológico, quando o medo se transforma em fobia. A fobia se trata de uma antecipação do medo ou da ansiedade. Sua característica mais importante é o comprometimento da relação que o sujeito estabelece com o mundo que o cerca. No caso da fobia, o medo não prepara o indivíduo para decidir entre lutar ou fugir, ele o paralisa, impede que se relacione com o objeto de seu medo.
O medo deve ser tratado?
Não se fala em tratamento para o medo, a não ser nos casos em