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APONTAMENTOS PARA OS ESTUDOS SOBRE AS CIDADES PEQUENAS.
MAIA, Doralice Sátyro – UFPB doramaia@ccen.ufpb.br
A cidade é sempre a mesma,
Acomodada, pacata,
Que eu chamaria de Agreste
Não fosse Zona da Mata.
De “mata” tem tãosomente
A cor do canavial
Com seus engenhos que cabem
Dentro da usina local.
Usina que tem o mesmo
Nome próprio da cidade
E dela não se separa
Por ser a sua metade.
(Marcus Accioly. O Roçado e a Cidade
separados pela cerca).
Algumas palavras iniciais
O interesse da Geografia pelo estudo das pequenas cidades não é nenhuma novidade. Vários são os registros que versaram sobre o tema, desde os trabalhos de cunho mais empírico, como os que trataram de sistema, de rede e de hierarquia urbana, aqueles que resgataram a história da origem dos aglomerados, outros até expuseram algumas idéias metodológicas e ainda os que se preocuparam com o planejamento. A título de ilustração podemos citar as clássicas monografias urbanas elaboradas a partir da proposta metodológica do Pierre Monbeig, o artigo Vilas e Cidades do Brasil Colonial de Aroldo de
Azevedo (1957), as várias publicações na Revista Brasileira de Geografia com textos de Fany
Davidovich, Pedro Pinchas Geiger, Speridão Faissol, Roberto Lobato Corrêa entre outros, o capítulo
“Cidades Locais” do livro Espaço e Sociedade e a obra O Brasil: território e sociedade no início do século
XXI de Milton Santos (2001), o livro A Rede Urbana (1988) e os vários artigos de Roberto Lobato Corrêa, além do capítulo “Uma técnica de pesquisa no estudo de pequenas cidades” do livro O Espaço Fora do
Lugar de Armando Corrêa da Silva (1978). Mais recentemente, alguns estudiosos da Geografia e de áreas conexas escreveram teses e artigos ressaltando o estudo das cidades pequenas, entre estes destacamos: Maria de Nazareth