Odores Ofensivos Sobre a Sa de e o Bem Estar da Popula o 2

Implicações da Proliferação de Odores Ofensivos Sobre a Saúde e o Bem Estar da População
Circunvizinha: ETE Piracicamirim - Piracicaba - SP.
Rosana Cristina de Souza Giuliano*
*Engenheira Civil (FEP / UEMG), Mestre em Engenharia Civil - Área de concentração: Engenharia
Urbana (DECiv / UFSCar), Doutora em Saúde Pública - Área de concentração: Saúde Ambiental
(FSP / USP), Professora do Curso de Graduação em Tecnologia de Gestão Ambiental (FACBIO /
UMESP).
Antonio Donizetti Giuliano*
*Bacharel em Física (IFSC / USP), Mestre em Física Aplicada - Área de concentração: Física da
Matéria Condensada (IFSC / USP), Professor do Curso de Graduação em Tecnologia de Processos
Ambientais (Escola SENAI Mario Amato).
RESUMO
As ETEs geram impactos positivos ou negativos que repercutem sobre a vizinhança. Dentre os negativos, encontra-se a proliferação de odores ofensivos, um dos principais motivos de queixa contra as ETEs. Assim, buscou-se desenvolver um estudo deste impacto durante a operação da
ETE - Piracicamirim, em Piracicaba - SP, por meio da análise da percepção da população vizinha à estação, utilizando-se um questionário próprio para a caracterização do problema. Os resultados confirmaram a relevância do impacto, além do reconhecimento de efeitos da exposição aos odores pelos entrevistados.
1 . INTRODUÇÃO
As estações de tratamento de esgotos - ETEs - têm legitimado sua função social nos núcleos urbanos, principalmente por constituírem-se em instrumentos para a proteção dos corpos d.água, além de propiciarem o combate às doenças de veiculação hídrica.
No Brasil, onde a intensificação do processo de urbanização tem resultado no aumento da demanda por água em quantidade e qualidade adequadas, e onde as doenças de veiculação hídrica ainda correspondem a 65% das internações hospitalares, os serviços de tratamento de esgotos devem ser efetivamente incentivados (BATTALHA & PARLATORE, 1993; ABES, 1994).
Em contrapartida, por seu potencial gerador de impactos não apenas