odontogeriatria
O envelhecimento e a morte são destinos naturais do ser humano desde o seu nascimento. O estudo e a compreensão dos processos de envelhecimento somente despertaram os profissionais de saúde a partir da década de 60, quando as implicações do aumento da longevidade e do número de idosos na população mundial tronaram-se evidentes.
A odontogeriatria é o ramo da odontologia que enfatiza o cuidado da saúde bucal da população idosa, com atenção especial ao atendimento preventivo e curativo do paciente com doenças ou condições sistêmicas associadas às alterações fisiológicas, físicas ou psicológicas.
Considerando-se que a saúde bucal, como a geral, é fundamental para a manutenção da qualidade de vida das pessoas, temos como objetivo destacar as implicações dos processos de envelhecimento no planejamento de ações preventivas e curativas, integrando as ações exclusivas do cirurgião-dentista com as de outros profissionais da saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica o paciente idosos de acordo com a sua idade cronológica na seguinte progressão: 45 a 59 anos, meia-idade ou primeiro envelhecimento; 60 a 70 anos, senescência gradual; 70 a 90 anos, velhice conclamada e, acima de 90 anos, longevo.
A utilização de um critério meramente cronológico representa uma situação limitada e inapropriada, considerando as pronunciadas diferenças existentes quanto às condições médicas de cada pessoa. Dessa forma, a Federação Dentária Internacional (FDI) considera como pessoas idosas aquelas com mais de 60 anos e as classificadas de acordo com sua capacidade de autonomia de vida em três grupos: a) idosos totalmente independentes: sadios, vivem sem necessidade de ajuda, podendo apresentar doenças não-graves e controladas por medicação e/ou algum declínio sensorial associado com a idade; b) idosos parcialmente dependentes: podem apresentar problemas crônicos debilitantes de caráter físico e/ou emocional, que necessitam de