Odisseia
Odisseia (em grego: Οδύσσεια, transl. Odýsseia) é um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, atribuídos aHomero[1]. É, em parte, uma sequência da Ilíada, outra obra creditada ao autor, e é um poema fundamental ao cânone ocidental moderno, e, historicamente, é a segunda - a primeira sendo a própria Ilíada - obra existente da literatura ocidental, tendo sido escrita provavelmente no fim do século VIII a.C.[1], em algum lugar da Jônia, região da costa da Ásia Menor então controlada pelos gregos, e atualmente parte da Turquia.[2]
O poema relata o regresso do protagonista, um herói da Guerra de Troia, Odisseu (ou Ulisses, como era conhecido na mitologia romana). Como se diz na proposição, é a história do “herói de mil estratagemas que tanto vagueou, depois de ter destruído a acrópole sagrada de Troia, que viu cidades e conheceu costumes de tantos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo regresso dos seus companheiros”. Odisseu leva dezessete anos para chegar à sua terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Troia, que também havia durado dez anos.[3]
A obra continua a ser lida por todo o mundo, tanto no original, escrito no chamado grego homérico, como em inúmeras traduções para os idiomas atuais. O poema foi composto originalmente seguindo a tradição oral, por um aedo, provavelmente um rapsodo, e destinava-se mais a ser cantada do que lida.[4] Os detalhes das antigas performances orais da Odisseia, e de sua conversão a uma obra escrita, continuam até hoje a inspirar debates entre os estudiosos. A obra, que abrange 12.110 versos no hexâmetro dactílico.[5] foi escrita num dialeto poético, que não pertence a qualquer região definida. A linguagem homérica combina locais e tempos numa linguagem à parte, feita para a epopeia.Nunca foi falada por ninguém. Foi-o somente pelos poetas[6].
A trama da narrativa, surpreendentemente moderna na sua não-linearidade, apresenta a originalidade de só conservar elementos