Ode triunfal
Álvaro de Campos:
Nascido a 1890 é o heterónimo que irrita Fernando Pessoa.
Poeta modernista que nos seus poemas isola o lado emotivo bem como todas as sensações sentidas de todas as maneiras, um lado ao qual chamou sensacionista.
Motivos Poéticos
Futurismo (apologia da civilização industrial e técnica, ruptura com lírica tradicional e transgressão da moral estabelecida, exaltação da força, da violência, do excesso. Álvaro dá importância ao movimento, ao dinamismo e á velocidade. Usa corrente modernista cujo objetivo é fazer uma apologia da civilização moderna. Usa discurso futurista com um tom hiperbólico, pontuação expressiva, interjeições, onomatopeias, sinestesias – tentativa de captar o som ou movimento tornando o texto dinâmico)
Sensacionismo (excesso de sensações euforia desmedida, sentir tudo de todas as maneiras num ambiente industrial e moderno)
Pessimismo e intimismo (inadaptação ao real, abulia, tédio, cansaço, solidão, frustração e tristeza, dor de ser lúcido)
Nostalgia da infância para sempre perdida
Estilo e Linguagem
Excesso de expressão – pontuação emotiva (exclamações, interjeições
Uso de neologismos e empréstimos
Recurso a metáforas ousadas, personificações, hipérbatos, oximoros
Construções nominais, infinitivas e gerundiva
Verso livre, geralmente longo
Análise formal do poema
Orientações de Leitura do Poema
a) A estética não aristotélica (estética da força, em oposição à estética da beleza) realiza-se em textos eufóricos, triunfalistas, sensacionistas, cantando o espasmo da vertigem das sensações provindas das máquinas, das realizações da técnica industrial e dos ruídos das multidões.
b) Álvaro de Campos pretende “sentir tudo de todas as maneiras”, por isso transporta para este poema toda a gama de sensações, mesmo as que provêm de grupos marginais. Todavia, a sua atitude transbordante não esconde a manifestação de uma crise, que é, de certa maneira, a doença da civilização moderna. Daí os aspetos