Odc uma conversa sem preconceito
Uma realidade inculturada!
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Caríssimos talvez este nosso tema possa causar um desconforto espiritual em alguns que não conhecem bem esta realidade, ou por achar que ODC é coisa de Teologia da Libertação, Comunidades Eclesiais de Base, Igreja progressista ou coisa assim; porém quem conhece e já celebrou sabe que é uma conquista, uma liturgia, uma ação memorial. É claro que não podemos negar que por ser uma versão inculturada da Liturgia das Horas (a oração da Igreja), depois de 20 anos desde a sua primeira edição, tornou-se referência reconhecida nas Comunidades Eclesiais de Base do nosso país, porém, hoje podemos dizer que esta realidade não se concentra mais somente nas CEB’s, etc. De certa forma o ODC cresceu com a prática e hoje é uma realidade em muitas comunidades, congregações religiosas, seminários, paróquias não somente abertas a esta experiência como também as tradicionais que pensavam o contrário, e mais do que isso, do Povo de Deus, que ao mesmo tempo vai redescobrindo que a liturgia, para além da razão, vai misteriosamente moldando e transformando o coração das pessoas e a vida da comunidade. O Ofício Divino das Comunidades possibilita uma oração cotidiana conforme a tradição da Igreja, de rezar com salmos e outros cânticos bíblicos, no ritmo das horas e dos tempos do ano litúrgico, com uma linguagem acessível às nossas comunidades. Toda a reforma conciliar (C. Vaticano II) tem este objetivo: possibilitar e facilitar a participação deste povo na liturgia. Finalmente toda a liturgia, também a Liturgia das Horas, seria ‘devolvida’ ao povo de Deus, para que através dela pudesse mergulhar no mistério de Cristo, viver na comunhão do Pai e do Filho e do Espírito Santo, como fermento, como sacramento de união de toda a humanidade. A Constituição do Concílio Vaticano II sobre a liturgia (Sacrosanctum Concilium) propôs a troca da recitação do ‘breviário’ pela