Ocupação e urbanização dos Cerrados: desafios para a sustentabilidade
Aristides Moysés. Economista. Doutor em Ciências Sociais – PUC/SP. Prof. Titular do
Departamento de Ciências Econômicas. Coordenador do Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial da Universidade Católica de Goiás – UCG. Professor do
Mestrado em Ecologia e Produção Sustentável. Coordenador e Pesquisador do
Observatório das Metrópoles: núcleo Goiânia/Instituto do Milênio-CNPq. Técnico do
Departamento de Ordenação Sócio-Econômico da Secretaria Municipal de Planejamento da Prefeitura de Goiânia – e-mail: arymoyses@uol.com.br
Eduardo Rodrigues da Silva. Economista. Mestre e Doutorando em Desenvolvimento
Econômico, Espaço e Meio Ambiente – IE/UNICAMP. Professor do Departamento de
Ciências Econômicas da Universidade Católica de Goiás. Pró-reitor de Desenvolvimento
Institucional da UCG. Pesquisador do Observatório das Metrópoles: núcleo
Goiânia/Instituto do Milênio-CNPq - eduardo.eco@ucg.br
Resumo
Os Cerrados do Centro-Oeste brasileiro continuam ameaçados em decorrência do processo de ocupação de seu solo com produtos voltados para a exportação, os quais passaram a ser determinantes, a partir de 1970, para o desenvolvimento da região. A produção de commodities substituiu sua vegetação natural por gramíneas como a soja, o milho, o sorgo e as pastagens que, por não cumprirem a função de retro-alimentadoras dos lençóis freáticos dos Cerrados, provocaram o desaparecimento de mais de 300 cursos d’água. Cabe ressaltar dois momentos distintos que marcam a ocupação do Centro-Oeste: o primeiro, de
1970 a1980, foi o período em que as transformações econômicas impuseram um processo de ocupação perversa do bioma Cerrado, resultante da modernização da produção agropecuária; no outro período, a década de 1990, os efeitos dessa ocupação, associados às transformações ocorridas na produção decorrente da globalização, se manifestam de forma mais contundente, provocando um processo