Ocupação antropica
As cheias são hoje mais temidas do que outrora.
As barragens que foram sendo construídas ao longo do rio Tejo decantam os sedimentos mais ricos.
Em contrapartida, a maior brutalidade das inundações, devida a descargas das barragens, contribui para que a vidência das águas acabe por causar mais estragos às obras marginais, nomeadamente aos diques, rompendo-os e espalhando areias sobre os campos agrícolas.
Cheia a sério é a partir dos 7 metros, valor que o Tejo ultrapassou 47 vezes entre 1852 e 1979.
Em 1978 e 1979: as águas do Tejo atingiram nesses dois anos, na escala de Santarém, respetivamente 8,29 e 8,89 metros.
A extraordinária dimensão destas cheias está relacionada com o agravamento do estado do tempo. A chuva contribui para a génese de uma cheia de características invulgares no baixo Tejo, a qual se agravou devido às condições de saturação dos solos, descargas das barragens espanholas e ainda pela obstrução e impermeabilização da planície de inundação.
As cheias do Tejo eram habituais no inverno e consideradas como um acontecimento benéfico pela população que depende da agricultura.
As inundações do rio Tejo deixam nutrientes importantes nas terras agrícolas e servem também como controle de pragas e outras populações de espécies de animais, como os roedores. Sendo os anos seguintes às cheias, anos de boas colheitas, sendo os benefícios superiores aos prejuízos.
Ocupação antrópica
Com base no Corine Landcover de 2000 a ocupação do solo na parte portuguesa da bacia hidrográfica do rio Tejo é a seguinte:
44.3% de áreas agrícolas; 2.7% de áreas artificiais; 51% de florestas e meios seminaturais; 2% de meios aquáticos e planos de água.
Bibliografia:
Veiga, João Conde (1994). Os Mais Belos Rios de Portugal. Editoral Verbo
Abreu, Maurício e Fernandes, José Manuel. Rios de Portugal. Gradiva