OCORRÊNCIA DE OCRATOXINA EM ESPECIARIAS

OCORRÊNCIA DE OCRATOXINA EM ESPECIARIAS
VIDAL, J. K.¹; MAZUTTI, R.²; SILVEIRA, V. G.³; DILKIN, P.4; MALLMANN, C. A.5
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Aluno de graduação do curso de Zootecnia, UFSM.
Aluno de graduação do curso de Medicina Veterinária, UFSM.
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Aluna de doutorado, PPGMV- LAMIC/UFSM.
4
Prof. Adjunto do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UFSM, Assessor Científico do
LAMIC/UFSM.
5
Prof. Titular do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UFSM, Coordenador do LAMIC/UFSM.
2

INTRODUÇÃO

As especiarias são produtos constituídos de partes de uma ou mais espécies vegetais tradicionalmente utilizadas para incrementar o sabor ou o aroma aos alimentos (BRASIL,
2005). Assim como acontece com outros produtos agrícolas, as especiarias e as ervas podem ser expostas a uma grande contaminação microbiana durante a pré e a pós-colheita, pois normalmente são secas sobre o solo, ao ar livre e em más condições de higiene. Esses fatores poderão promover o crescimento de fungos e desenvolvimento de micotoxinas (MCKEE,
1995; MANDEEL, 2005; ZINEDINE et al., 2006).
Micotoxinas são metabólitos secundários de fungos filamentosos e, devido à toxicidade em homens e animais, podem causar doenças conhecidas como micotoxicoses, mesmo em pequenas concentrações (PITT, 2000; MURRAY et al., 2006). Os diferentes fungos produtores de micotoxinas possuem ocorrência universal e podem crescer em uma grande variedade de substratos, predominando em climas tropicais e subtropicais, onde o desenvolvimento fúngico é favorecido pelos aspectos climáticos como umidade, temperatura e pH (MALLMAN & DILKIN, 2007; SILVA et al., 2007).
Segundo Al-Tech, (2000) existem cerca de 300 a 400 micotoxinas conhecidas. Em um extensivo trabalho publicado em 1993 pela International Agency for Research on Cancer
(IARC, 1993), cinco toxinas fúngicas foram consideradas de maior risco à saúde humana e animal: aflatoxinas, ocratoxinas, zearalenona, desoxinivalenol e fumonisinas.
As ocratoxinas