Oceanógrafa
1. Introdução
Tomczak (xxxx) define as ondas como uma deformação periódica de uma interface. Por exemplo, ondas de superfície estudadas em oceanografia são deformações da superfície do mar, ou seja, na interface oceano-atmosfera.
As deformações se propagam com a velocidade da onda, enquanto as partículas descrevem movimentos orbitais ou oscilatórios com a velocidade da partícula, permanecendo em uma mesma posição. Em águas profundas, a trajetória das partículas é circular. Em águas rasas, a trajetória das partículas se achata na forma de elipses.
Figura 1 – A) Movimento das partícula em ondas curtas em águas profundas, mostrando o decaimento exponencial do diâmetro da trajetória orbital com a profundidade. C) Movimento das partícula em ondas de águas rasas, mostrando o achatamento da trajetória orbital próximo ao fundo.
É importante observar que as órbitas são somente aproximadamente circulares. Existe um pequeno componente líquido de movimento para frente, principalmente em ondas de grande amplitude, de forma que as órbitas não são completamente fechadas, e a água enquanto na crista se move levemente mais para frente do que se move para trás enquanto na cava da onda. Este pequeno movimento líquido para frente da água na direção de propagação da onda é chamado drift da onda (Figura 2).
Figura 2 – Movimento da partícula em ondas longas em águas profundas, mostrando o drift.
2. Tipos de ondas
As ondas nunca transportam matéria. Elas são na verdade uma propagação de energia que deforma o meio onde ocorre a propagação. Ao passar de uma onda de gravidade cada partícula descreve um movimento orbital (uma elípse) e volta sempre ao ponto de partida. Não existindo, portanto, movimento residual, o qual resultaria em transporte de matéria.
De uma forma geral, as ondas são uma perturbação do estado de equilíbrio do oceano.
Quando o oceano é perturbado, partículas de água são retiradas da sua posição de equilíbrio, e tendem a voltar a