OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA: BOVINOS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA
JAGUARIÚNA
2014
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
RETENÇÃO PLACENTÁRIA EM BOVINOS
A retenção placentária em bovinos é designada como uma condição patológica com etiologia multifatorial (ROBERTS, 1971; GRUNERT, 1980 apud HORTA, 1994). Sendo descrita por Sandals et al. (1979) e Noakes (1986) citado por Bulling et al. (2011) como uma deficiência na separação dos cotilédones e carúnculas.
Para Roberts (1971); Vaissaire (1977); Horta (1988) citado por Horta (1994) a expulsão placentária fisiológica ocorre em média 5 a 8 horas após o parto.
Segundo Kennedy (1947); Erb et al. (1958); Callahan et al. (1971); Fernandes et al. (2001) citado por Palhão et al. (2014) é considerado patológico quando, após 12 a 16 horas após o parto, ainda existam anexos fetais no lúmen uterino, tendo maior incidência em vacas multíparas.
Animais com retenção placentária apresentam infecção puerperal (FERNANDES et al., 2001 apud PALHÃO et al., 2014).
Para Arthur et al. (1996 apud Bulling et al., 2014) a retenção placentária esta relacionada com a deficiência de contrações miometriais.
Por retardar a involução uterina, a retenção placentária afeta a produção leiteira e a fertilidade (HAFEZ, 1998 apud BULLING et al., 2014). Alguns dos sintomas apresentados são: não expulsão das membranas fetais totais ou parcialmente, cólicas, esforços expulsivos, putrefação das membranas intra uterinas, metrite séptica, anorexia, apatia, hipoagalaxia podendo ser seguida de agalaxia, hipertermia, atonia uterina (HORTA, 1994). Alguns dos fatores predisponentes são: infecções genitais, hereditariedade, idade, duração da gestação, gemelaridade, micro-nutrientes e causas mecânicas (HORTA, 1994). Para Hafez (2004); Noakes (1992); Ball & Peters (2006) citado por Bulling et al. (2014), o tratamento preconizado é a remoção manual já que este contribui para a higiene