Obsolecencia Programada
Departamento de Ciências Humanas
Bacharelado em Administração
Obsolescência Programada
Cláudia Viana de Oliva
Novembro de 2014
FILME OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA
O documentário Obsolescência Programada, da diretora Cosima Dannoritzer, apesar de não tratar sobre um tema inédito, já que vivenciamos ele no dia a dia, aprofunda e aborda sobre as causas e impactos ocasionados por esta prática. Assim, aborda o quão comum é um telefone celular ir ao lixo com menos de oito meses de uso ou uma impressora nova durar apenas um ano. A cada ano milhares de aparelhos caem em desuso e são descartados em uma velocidade assustadora.
Estudiosos apontam que existem três formas de obsolescência: obsolescência de função, de qualidade e de desejabilidade. Na obsolescência de função, um produto existente torna-se antiquado quando é introduzido um outro produto que executa melhor a função. Já a obsolescência de qualidade, há um planejamento para o produto falhar após um período pré-estabelecido. Por fim, na obsolescência de desejabilidade, um produto que ainda está sólido e com boa performance, torna-se ultrapassado em nossa mente porque um aprimoramento de estilo ou outra modificação faz que fique menos desejável.
Este é o modelo de crescimento econômico pautado na aceleração do ciclo de acumulação do capital (produção-consumo-mais produção). Para que lucros floresçam, produtos precisam quebrar mais rápido, tornar-se ultrapassados ou indesejados. Dessa forma, nossa necessidade de consumir é alimentada a todo momento por um trio infalível: publicidade, crédito e obsolescência. Além de sustentar um ciclo vicioso de consumo, esta prática gera impactos ambientais e sociais. Cada nova produção exige mais consumo de recursos naturais e para aumentar a acumulação de riquezas privadas, o capital devasta e esgota a natureza. Enfim, é pouco razoável pensar num crescimento infinito quando o planeta é finito. É interessante perceber como a web permite