obras de nitck

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A obra de Nietzsche, o Nascimento da Tragédia, demonstra que o grego da época trágica viveu intensamente, pois, segundo a perspectiva do filósofo, eles não negavam o que lhes era inerentes, sua natureza era afirmada e sua potência não era diminuída. Destarte ser somente na época trágica, correspondente à junção de Apolo e
Dionísio, que o homem e a natureza se unificaram e tornaram-se arte, ou seja, segundo o pensamento nietzschiano, todo o conjunto grego representava arte.
Um dos propostos centrais de O Nascimento da Tragédia é mostrar que os gregos eram afirmativos, seus instintos não eram negados. E como faziam isto? Através da arte, da música e do mito, todos em sincronia com o homem e sua natureza, mas, sobretudo, por Apolo e Dionísio que eram manifestações fisiológicas da própria natureza, pela qual o grego regenerava-se diante do horror da existência.
Ao analisar a cultura e a arte grega, Nietzsche, consequentemente, analisa a psicologia e a fisiologia dos gregos, ou seja, o filósofo expõe os benefícios da aceitação do trágico, para a vida e para o corpo. Esse pensamento, baseado na positividade em viver, que estava contido na psicologia grega, teria os levado a uma saúde do corpo, ou ainda, ao auge da fisiologia humana. A unificação de Dionísio e Apolo deu origem à tragédia grega e isto traz uma questão fisiológica que deve ser discutida: os gregos eram mais saudáveis do que nós modernos?
O artista grego, criador da tragédia, “se desembaraça da necessidade da abundância e superabundância do sofrimento das contraposições nele apinhadas”
(NIETZSCHE, 1992b, p. 18), entretanto, a necessidade do sofrimento não os faz fracos, mas justamente o oposto.
Através destes apontamentos, podemos concluir que Nietzsche, na sua obra – O
Nascimento da Tragédia – afirma que os gregos eram pessimistas, mas um pessimismo da fortitude, ou seja, o pessimismo grego não era algo negativo, tal como o pessimismo moderno. Entretanto, o filósofo, em suas obras

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