obesidade
A obesidade é um desequilíbrio do balanço energético e se desenvolve quando a ingestão de energia proveniente dos alimentos é maior que o gasto energético total, o qual é composto pelo gasto energético em repouso (GER), efeito térmico dos alimentos e efeito térmico da atividade física. Quando ocorre um balanço energético positivo, ou seja, quando a ingestão é maior que o gasto energético, o excesso de energia é transformado em lipídio (triacilglicerol) e depositado em um órgão altamente especializado em estocar energia, o tecido adiposo branco (TRAYHURN, 2007). É causada por defeitos metabólicos ou comportamentais que levariam a uma redução do gasto energético (JAMES, 1985; TRAYHURN, 1981).
A obesidade é fator de risco para hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e algumas formas de câncer (GIGANTE, 1997).
As significativas mudanças nos hábitos alimentares, durante este século, têm sido marcadas pelo aumento do conteúdo de lipídios na dieta, que é geralmente tido como um contribuinte significativo no aumento da incidência da obesidade. No entanto, têm-se mostrado que o maior conteúdo de carboidratos na dieta, principalmente na forma simples, representa um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade (SOUZA; OLIVEIRA, 2010). A obesidade e o sobrepeso têm sido associados a um estilo de vida sedentário e a uma dieta rica em lipídios, sendo que esta parece permitir o superconsumo passivo de energia, devido a sua densidade energética e possivelmente sua baixa ação na saciedade. Estudos epidemiológicos indicam correlação entre o consumo de lipídios pela população e a obesidade. No entanto, existem indivíduos que utilizam dietas ricas em lipídios e apresentam peso normal ou baixo, sugerindo que, possivelmente, o excesso de lipídios ingerido possa estar em equilíbrio com a quantidade consumida pelo organismo. Esta proteção pode ser fisiológica, com taxa metabólica ou oxidação de lipídios alterados, ou