Obesidade
Cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem de problemas de obesidade, e oito em cada dez adolescentes continuam obesos na fase adulta.
A obesidade na infância é usualmente uma condição não benigna, apesar da crença popular de que a criança com sobrepeso irá crescer com mais rapidez do que sua condição. Quanto mais tempo uma criança estiver com sobrepeso, mais provável que o estado continue na adolescência e fase adulta. As conseqüências da obesidade na infância incluem dificuldades psicossociais (discriminação, auto-imagem negativa, socialização diminuída), maior altura com possíveis expectativas sociais impróprias e freqüência aumentada de hiperlipidemia, hipertensão e tolerância anormal à glicose.
As crianças cuja recuperação de adiposidade do crescimento normal ocorre antes dos cinco anos e meio de idade são prováveis de serem mais gordas na fase adulta do que as que aquelas cuja recuperação de adiposidade ocorre após os sete anos de idade (Rolland-Cachera e cols, 1987). O momento da recuperação da adiposidade e o excesso de gordura na adolescência são fatores críticos no desenvolvimento da obesidade na infância, com o ultimo período, sendo o mais preditivo da obesidade adulta e morbidade relacionada (Dietz, 1994).
As ingestões de energia permaneceram estáveis durante os últimos vinte anos, sugerindo que a dieta não é um contribuinte principal para a prevalência aumentada de obesidade (Kennedy e Goldberg, 1995). A inatividade, entretanto, desempenha um papel principal no desenvolvimento da obesidade, resultante do uso da televisão e do computador, oportunidades limitadas de atividade física ou preocupações de segurança que impeçam as crianças de aproveitar para brincar livremente fora de casa.
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