Obesidade infantil
A obesidade é uma doença que envolve vários fatores para seu desenvolvimento, podendo ser estes de caráter exógenos ou endógenos. Dentre as causas endógenas, pode-se citar a alimentação inadequada, sedentarismo e história familiar, e as causas exógenas são as alterações genéticas, disfunções neurológicas e endocrinológicas com ingestão de medicamentos (NÓBREGA, 1998).
Além desses fatores descritos, Vitolo (2003) afirma que a obesidade é resultante da ação de fatores ambientais sobre indivíduos geneticamente predispostos a apresentar excesso de tecido adiposo.
Para Dutra-de-Oliveira e Marchini (1998) a situação nutricional de um indivíduo ou população é influenciada pelo fator econômico, sendo este composto por variáveis como renda, preço, produção agrícola, entre outras.
Conforme os mesmos autores, durante muitos anos relacionou-se a questão da baixa renda com a desnutrição, contudo tal afirmação só pode ser feita quando se tratar de pobreza absoluta, ou seja, quando as necessidades básicas não são atendidas, com isso haverá reflexo no estado nutricional.
Monteiro e Conde (2000) ao analisarem estudos realizados no Brasil na década de 70 e 80 (ENDEF e PNSN) verificaram um declínio significativo na prevalência de desnutrição, passando de 18,4% em 1975 a 7,1% em 1989. Para os autores, várias hipóteses podem estar relacionadas a essa redução, dentre elas a melhora na situação econômica, com um aumento da oferta de trabalho e com isso famílias que viviam em situações miseráveis passaram a ter mais acesso aos alimentos, e a atuação dos serviços e programas voltados para a alimentação.
Conforme Caroba (2002) a prevalência de desnutrição energético-protéica tem diminuído constantemente ao passo que os níveis de obesidade têm aumentado, o que segundo o autor é reflexo das mudanças na alimentação da população e a diminuição da prática de atividade física.