Obesidade infantil
Estudos demonstram que apenas 5% dos casos de obesidade em crianças e adolescentes são decorrentes de fatores endógenos – neuroendócrinos e genéticos. Ainda assim, o fator genético é primordial, pois significa a predisposição para ganhar peso. Numa família de pais obesos a probabilidade de que os filhos se tornem obesos varia entre 50% e 80%.
A “obesidade exógena”, resultante da ingestão excessiva, quando comparada ao consumo energético é a mais prevalente entre as crianças e os adolescentes.
Chama a atenção, ainda, o fato de que a exposição prolongada à escassez de alimentos – intra ou extrauterina, leva à desnutrição e posterior tendência à obesidade.
Em crianças e adolescentes, a obesidade está associada a fatores de risco para doenças cardiovasculares, respiratórias e metabólicas, além de contribuir para a baixa autoestima e discriminação social, oportunizando assim complicações emocionais. A obesidade em crianças constitui ainda fator preditivo para a obesidade no adulto.
A identificação de neurotransmissores controlados hormonalmente, que interferem no comportamento alimentarem (neuropeptídio Y), hormônios que regulam a lipogênese (insulina) e hormônios que sinalizam a adequação calórica (leptina) colocam em perspectiva uma nova compreensão dos mecanismos envolvidos nessa mudança de padrão corpóreo e talvez venham a permitir uma abordagem menos empírica e mais calcada em bases fisiopatológicas. Reconhece-se cada vez mais que a obesidade não é uma condição única, mas um achado comum a várias situações patológicas.
2 AMAMENTAÇÃO E A