Número dos Nomes
Número é a propriedade que tem o nome de indicar a singularidade e a pluralidade da ideia. No português há dois números o singular e o plural. Já no indo-europeu havia ainda o dual, que conservado no grego era empregado para designar seres ou coisas. E vestígio desse número conservou o latim em ambo e duo.
-s e –es são as desinências que indicam o plural em português.
As formas plurais portuguesas originam-se do acusativo plural latino. Além do –s, a formação do plural se denuncia as vezes pela diferença do timbre da vogal tônica.
Ex:
corvu > corvo corvos > corvos jocu > jogo jocos > jogos focu > fogo focos > fogos
Segundo nos ensina os gramáticos, os nomes terminados em al, el, il, ol, ul, mudam no plural o l em i. porém sabendo que as formas plurais portuguesas originam-se do acusativo plural latino, a verdade é outra. Foi pela queda do l intervocálico e pela passagem do –e– átono a –i –. Que as terminações latinas ales, ele, ilis, ilis, oles, ules vieram a ser, ais, éis, is, óis e us.
Ex:
-ales> -aes> -ais: *animales por animalia> animaes> animais
Tendo como conservante do plural latino a palavra mal, que no plural fica males.
As terminações latinas anu, one, undine quando trazidas ao português fica ão, ã e om por causa da nasalidade comunicada pelo –n- à vogal anterior. Sendo que as duas últimas foram abolidas pela primeira.
Ex:
-anos> -ãos: paganos>pagãos
-anes>ães: panes>pães
Com esta confusão de plural na língua arcaica nós temos ate hoje, palavras que além do plural próprio, tem outro por analogia um exemplo disto é a palavra, anão – anãos – anões.
As palavras que no português terminam em, em, im, om, um tem o plural ens, ins, ons e uns, derivado do acusativo plural latino, enes, ines, ines, onos e unos.
Por fim, alguns nomes apresentam plural reduplicado por analogia a vozes e nozes, são eles, eiroses, pioses e ilhoses.