Número de internautas cresce mais na população que ganha até 1 mínimo
Dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em seis anos, o número de internautas cresceu mais na população com renda domiciliar per capita de até um salário-mínimo e nos Estados do Norte e Nordeste.
Houve uma explosão de novos internautas também entre os alunos da rede pública. Enquanto na população total de 10 anos ou mais de idade o aumento do número de internautas foi de 143,8%, com 45,8 milhões de novos usuários, entre os mais pobres, o crescimento foi de 188% - 19,2 milhões de incluídos no mundo virtual.
Em 2011, o País chegou a 77,7 milhões de internautas, ou 46,5% dos brasileiros com 10 anos ou mais de idade. Em seis anos, o País ganhou quase 21 mil novos internautas por dia.
“Em 2005, o País estava saindo da recessão de 2003 e 2004. Nos anos seguintes, com aumento dos trabalhadores com carteira assinada, do poder de compra, do acesso ao crédito e da escolaridade, aumentou o acesso aos computadores e à internet. As pessoas deixaram de usar a internet apenas no trabalho. Os dados mostram que houve avanços, mas ainda há lacunas a resolver”, diz o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Entre 2005 e 2011, mais do que dobrou a proporção de brasileiros que vivem em domicílios com microcomputador ligado à internet, de 14,6% para 39,4%. Os usuários de baixa renda passaram de 10,2 milhões em 2005 para 29,4 milhões em 2011.
Desigualdade
A desigualdade, porém, ainda é grande: apenas um terço das pessoas com até um salário-mínimo de renda domiciliar per capita (33,6%) têm acesso à internet, enquanto, entre os que ganham mais de cinco salários-mínimos, a proporção é de 67,9%.
Os brasileiros com renda domiciliar per capita de até um salário são 52,5% da população geral de 10 anos ou mais, porém,