Não tenho como
Em 1949, os trabalhadores chineses organizaram e venceram o conflito que estabeleceu a formação da República Popular da China. Tomado por orientação nitidamente comunista, o novo governo teria peso e importância política fundamental para que um bloco de nações socialistas tomasse corpo no contexto político internacional. Afinal, a União Soviética era o único país de grande expressão capaz de fomentar a presença de governos socialistas pelo mundo.
Inicialmente, notamos que a experiência revolucionária chinesa foi abertamente apoiada pelo governo socialista soviético. Até o ano de 1954, os soviéticos apoiavam a China com a realização de diversos acordos de cooperação econômica que vieram a fortalecer a econômica do recém formado Estado de esquerda. No entanto, a partir de 1957, essa relação de cooperação política e econômica chegou ao seu fim quando o governo soviético passou a ser liderado por Nikita Khrushchev.
Sob o comando de Khrushchev, a União Soviética passou a vivenciar uma política de reforma de várias ações tomadas por Josef Stalin e a abertura de diálogo com as nações capitalistas. Essa nova situação abriu caminho para uma grave crise entre soviéticos e chineses. O primeiro sinal desse abalo aconteceu em 1959, quando a União Soviética decidiu romper o compromisso de fornecer armas nucleares aos chineses para então viabilizar um encontro com o presidente norte-americano Dwight Eisenhower.
Enquanto o governo soviético se preocupava em desenvolver o setor de bens de consumo e enfraquecer a ideia de Stalin como grande líder do socialismo soviético, os chineses buscavam a formação de sua indústria de base em uma época em que a veneração à figura de Mao Tse-Tung atingia o seu auge. Assim, percebemos que as duas grandes nações socialistas dessa época viviam momentos distintos em várias esferas de atuação política.
O auge dessa crise acabou sendo consumado no ano de 1962, quando o Partido Comunista Chinês declarou abertamente que o Partido