Não Sei
A luta pela Ética, a construção da Cidadania e a preservação da Segurança Pública não constituem dever exclusivo do Estado. Cabe ao povo, às instituições sociais, às comunidades participar desse processo político de sedimentação de valores tão essenciais à vida coletiva. Além de oferecer reflexões para uma leitura individual, o debate pode ocorrer nas universidades, escolas, comunidades, igrejas, agremiações políticas e em muitos outros espaços sociais. Este texto tem a finalidade de estimular reflexões e provocar debates a respeito de um problema que tem preocupado as pessoas, as famílias, as comunidades, todos aqueles que, de alguma forma, têm consciência de sua responsabilidade social. Trata-se da questão da Segurança Pública e do equacionamento dos desafios que lança. Trata-se mais: de buscar o provimento do direito que a sociedade tem à segurança, sem quebra da Cidadania e sem menosprezo à Ética. Não constitui pretensão nossa, nem esgotar o assunto, nem dizer a última palavra. Se este texto provocar controvérsias, alimentar discussões, oferecer pistas – teremos alcançado nosso propósito. A cidadania tem uma dimensão existencial. Isto quer dizer o seguinte: A cidadania é condição para que alguém possa, realmente, “ser pessoa”. O que significa “ser pessoa”? Significa ter sua dignidade humana respeitada. A dimensão existencial da cidadania nos remete a compreender que para “ser cidadão” é preciso ser respeitado como “pessoa humana”. A cidadania é um acréscimo à dimensão do “ser pessoa”. Ninguém