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Rosângela A de Oliveira
Enfermeira encarregada da Unidade de Clínica Médica, Cirúrgica e Maternidade do Hospital Samaritano - SP. Pós-graduanda em Estomaterapia pela Universidade de Taubaté.
Resumo: Este artigo apresenta uma síntese das principais enzimas utilizadas no tratamento de feridas cutâneas, segundo a sua classificação, mecanismos de ação, vantagens e desvantagens da terapêutica.
Nos últimos anos, inúmeros pesquisadores e a própria indústria farmacêutica, têm se voltado a elaborar e destinar recursos que possam ser empregados no tratamento das feridas cutâneas. Dos avanços tecnológicos que envolvem o tratamento tópico das feridas, tem-se dado muita atenção ao papel desempenhado pelas enzimas. Atualmente contamos com 06 (seis) enzimas que vêm sendo empregadas para auxiliar a cicatrização. Algumas são de ação específica, atuam somente em uma das fases do processo de reparação tecidual, ou seja, na fase inflamatória ou defensiva, proliferativa ou granulocítica, maturação ou remodelagem. O sucesso de seus resultados está implícito em uma avaliação meticulosa do paciente (idade, patologia de base, fármacos em uso, condição nutricional, quadro álgico, condição imunológica, hábitos, prognóstico etc), da ferida (estruturas envolvidas - estadiamento, situação tecidual, tempo de lesão, exsudato, estado da pele circundante, compreensão da fisiopatologia da ferida, processo cicatricial etc), e, indiscutivelmente, no domínio do profissional das indicações, contra-indicações, mecanismo de ação e manuseio da enzima que será utilizada. De modo geral, as enzimas empregadas para o tratamento de feridas são proteolíticas, aceleram os processos catabólicos, degradam proteínas inativas, microorganismos, resíduos celulares, digerem enzimas endógenas, que perpetuam o processo inflamatório, promovem lise dos tecidos necrosados, graças à ação desbridante. Facilitam os processos anabólicos, estimulam a neoangiogênese,