Nutrição pós transplante hepático
Após o transplante você se sentirá bem melhor e ansioso em retomar a sua vida normal, uma parte disso inclui o prazer de comer bem novamente. E por isso a terapia nutricional representa um dos procedimentos de maior importância no manejo das doenças do fígado, devendo ser considerada como um adjuvante imprescindível às opções terapêuticas de que dispõe a clínica.
Segundo (Arquivos de Gastroenterologia) as moléculas de nutrientes provenientes da digestão, absorvidas em nível de enterócitos e conduzidas através da circulação portal, encontram no fígado um complexo laboratório de transformação, armazenagem e redistribuição dos metabólitos destinados à nutrição dos órgãos periféricos e à própria síntese macromolecular hepática. Provenientes de outros tecidos, demais nutrientes vêm ao fígado, como os ácidos graxos e o glicerol originários dos tecidos adiposos, e importantes contribuintes para o provimento energético.
Na evolução da doença hepática apresentam-se, gradativamente, outras condições que propiciam a desnutrição, como a anorexia e a náusea que redundam em diminuição da ingestão de alimentos ou a síndrome disabsortiva que resulta ora da deficiência de sais biliares e enzimas pancreáticas, ora da esterilização da flora intestinal pelo emprego da neomicina, nos casos de encefalopatia iminente.
A avaliação do estado nutricional (EN) tanto nos candidatos, como nos que já foram submetidos ao transplante hepático representa um desafio para a equipe multidisciplinar, pela presença de alterações que decorrem da própria hepatopatia crônica, aumentando a limitação dos métodos usuais utilizados. Por isto, exige-se atenção especial do nutricionista, que deve utilizar o maior número possível de parâmetros a fim de aumentar a confiabilidade dos resultados.
A dieta deve também corrigir alterações eletrolíticas, deficiências de vitaminas e minerais, minimizando o acúmulo de sódio e fluidos. Visa, ainda, limitar o catabolismo, tentando manter um balanço