Nutrição Mineral para Plantas
Nutrição Mineral de Plantas
1.1
Introdução
A aquisição de compostos químicos, realizada por um organismo para suprir o seu metabolismo, é chamada de nutrição. O metabolismo compreende os processos pelos quais os compostos químicos são utilizados para o crescimento e manutenção do ser. Os nutrientes podem, principalmente, ser convertidos em material celular ou serem usados como fonte de energia. As plantas, geralmente autotróficas, não dependem do fornecimento de compostos ricos em energia produzidos por outros organismos, como ocorre aos heterotróficos.
Uma separação didática tradicional organiza a nutrição das plantas em orgânica e inorgânica. A primeira se refere à aquisição de carbono, oxigênio e hidrogênio, provenientes da atmosfera e da água, via fotossíntese, e a segunda, também chamada mineral, se refere aos demais elementos que geralmente são absorvidos do solo.
Os principais estudos modernos sobre a nutrição de plantas se iniciaram na Europa, no começo do século XIX. A agricultura tradicional, baseada em adubação orgânica, utilizada naquela época, teve muitas dificuldades em atender a então realidade político-social européia devastada pelas guerras napoleônicas e com uma concentração populacional nas cidades motivada pela insipiente Revolução
Industrial.
O aumento da eficiência da agricultura foi possível com o melhor atendimento da nutrição mineral das plantas. O aumento da produtividade conferido pelos conhecimentos pela nutrição foi e é superior a outras ferramentas utilizadas na produção agrícola.
Aristóteles (384-322 AC) acreditava que as plantas se alimentavam de húmus do solo. Os gregos incluíam a botânica na filosofia e grande parte das suas conclusões não eram baseadas em experimentação, mas sim em associação antropomórfica.
Posteriormente pesquisadores como, por exemplo, Van Helmont (1577-1644) postularam que a planta só retiraria água do solo. Esta interpretação errônea foi induzida pelo fato de que cerca