nutricionista
Relevância do conhecimento científico na prática do treinamento físico
Valdir José BARBANTI*
Valmor TRICOLI*
Carlos UGRINOWITSCH*
* Escola de Educação
Física e Esporte da
USP
Introdução
O ser humano na sua luta pela subsistência e na construção de seu futuro, se confronta com os perplexos problemas do presente. Neste mundo confuso as ciências, o método científico e a atitude científica têm tido uma importância fundamental.
É preciso lembrar que a ciência se dedica à descoberta, organização e humanização da verdade. Os padrões rígidos da verdade científica deveriam ser aplicados à solução dos problemas humanos. Tem sido assim em muitas áreas da vida humana. A área do esporte, do exercício, da atividade física, não é exceção neste sentido, embora seja bastante recente a existência de estudos científicos para entender e resolver seus problemas.
Em nível internacional o “verdadeiro” desenvolvimento científico da Educação Física e do Esporte começou após a segunda guerra mundial e em nosso país somente na década de
80 com a implantação dos cursos de pósgraduação estrito senso. Após um início confuso
(a confusão ainda persiste!) tentativas foram feitas para dar um novo nome à disciplina acadêmica.
O termo Ciência do Esporte apareceu nos anos 70, no espaço da língua alemã (“Sportwissenschaft”), com a pretensão de interdisciplinaridade. Lamentavelmente isto não ocorreu, as investigações continuaram unilaterais, as chamadas sub-disciplinas ficaram separadas e desligadas umas das outras, sem preocupação com o equilíbrio entre as questões isoladas e a perspectiva global. Hoje, na opinião de BENTO
(1994), não parece sensato sustentar o uso desta designação no singular. Há inúmeros paises europeus usando o termo “ciências do esporte”, outros mantendo “ciência do esporte” e ainda outros com “ciências dos esportes”. Nos Estados
Unidos a terminologia é mais vasta: há a “ciência do esporte”, “ciência do