nunes, benedito
O TEMPO NA NARRATIVA O QUE NEM SEMPRE É ÓBVIO
O autor compara a narrativa da história com a música pois ambas estão contidas no tempo. Explica, porém, que a narrativa possuí uma freqüência e a música pode ser dividida e, entre esses dois estão o tempo e ambos precisam dele para existir. Esse mesmo escritor descreve os tipos da narrativa de forma literária, dando nomes aos estilos como mito, lenda e mais literária no sentido da palavra, estão os romances, a novela, os contos, chegando as formas visuais por meio dos quadrinhos, pinturas, esculturas, ou pela imagem cinematográfica e televisionada.
A música é comparada à narrativa quando se utiliza o ritmo, compasso, andamento e velocidade, porém a narrativa se apresenta de modo implícito. A teoria moderna deixou mais clara quando lhe atribuiu funções determinadas na estruturação dos gêneros, como o dramático e o épico da literatura de ficção.
O filósofo Aristóteles utilizou-se da astronomia para diferenciar a epopéia da tragédia e a duração entre elas, e que esse tempo é superior à narrativa desses acontecimentos, onde tanto na epopéia quanto na tragédia imita-se o tempo e a primeira refere-se à atuação e a segunda narração.
Entre os gêneros, épico e dramático, apenas diferenciam-se quando nos coloca diante do evento onde os personagens se situam. Para o gênero lírico se opera em tom reflexivo da linguagem sobre si mesma.
Lessing vem esclarecer em seu ensaio Laocoonte, utilizando-se da arte grega, mas precisamente a mitologia, narrando a morte de Laocoonte , sacerdote de Apolo. Lessing não reproduziu em sua obra verdadeira expressão da dor vivida por seu personagem, onde explica que não conseguiu expressar de fato esse tempo, a ação e a escultura, poderiam expressar apenas um momento desse tempo, ou seja, a duração do fato, ode suas esculturas podem reproduzir objetos sucessivos que se chamam ações. Sugere ainda que as artes plásticas também podem imitar as ações, através de