Noções de administração
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>> O poder de abstração e o seu antagonismo. Sobre as psicopatologias do capitalismo cognitivo, por Matteo
Pasquinelli
O poder de abstração e o seu antagonismo. Sobre as psicopatologias do capitalismo cognitivo
Por: Matteo Pasquinelli
Fonte: uninomade 28/03/2013 [1]
Tradução: Mario S. Mieli
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Matteo Pasquinelli por Anne Helmond
23/8/2013 16:44
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“A vida fende a matéria, elabora e contrai a matéria, dando vida às virtualidades contidas no material em direções desconhecidas. A vida emerge como devirconceito, devir-pensamento ou, no caso da consciência, como devir-cérebro.” —
Elisabeth Grosz[1]
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O debate filosófico-político dos últimos anos, pelo menos nas latitudes do pensamento francês e italiano, foi caracterizado por uma oscilação conceitual que focalizou, de tempos em tempos, o trabalho imaterial ou o trabalho afetivo, a economia do conhecimento ou a economia do desejo, o cognitivo ou o biopolítico. Nenhuma agenda de pesquisa ou política ficou imune a essa oscilação, às vezes recitando de modo polêmico um polo contra o outro. Depois de um período de trabalho voltado à economia da consciência, por exemplo, uma maior atenção era dada ao ‘trabalho afetivo’ (voltando a redescobrir aquilo que o feminismo já tinha tentado politizar nos anos 70), enquanto as biotecnologias ocupavam o palco central do debate sobre as novas formas de poder. Com frequência, acontecia de se ouvirem queixas contra um paradigma cognitivo que se esquecia da materialidade biológica e genética do corpo, da sua libido, dos seus afetos, etc. Em alguns, como em Lazzarato, a ‘noopolítica’ foi então proposta como extensão do espaço do biopoder para chegar a cobrir também as novas formas do imaginário coletivo e das tecnologias do conhecimento.[2] Mas só recentemente começou-se a entender de modo correto a importância das neurociências nas pesquisas do