noção de língua, texto
a) Forma ou estrutura : a língua é vista como um sistema abstrato de regras e é trabalhada no nível da frase ou de palavras isoladas. O texto também situa-se no uso do sistema. Posição assumida pela visão formalista.
b) Como instrumento : desvincula a língua do seu aspecto cognitivo e social. Ela é vista com um instrumento transparente e sem problemas. Esta perspectiva é geralmente adotada em livros didáticos, quando tratam os problemas da compreensão textual. Posição assumida pela teoria da comunicação.
c) Como atividade cognitiva: vê a língua somente como uma atividade cognitiva, descartando seu lado social. A língua envolve fenômenos cognitivos, mas ela não é penas algo biológico. Posição assumida pela hipótese sociocognitivista.
d) Como atividade sociointerativa situada: toma a língua como sociohistórica, cognitiva e sociointerativa. A perspectiva de língua adotada por Marcuschi (2008) é a “d”, chamada de textual-interativa. Ele toma a língua como um sistema de práticas cognitivas abertas, flexíveis, criativas e indeterminadas quanto à formação ou estrutura. Resumindo, a língua é um sistema de práticas sociais com a qual os usuários agem e expressam suas intenções, adequadas a cada circunstância. Assim, falar é agir sobre si, sobre os outros e sobre o mundo. Além de comunicarmos algo quando falamos, produzimos sentidos, identidades, imagens, experiências e assim por diante. A noção de língua adotada admite-a como variada e variável. A variação linguística pode ser explicada nas relações sociais. Marcuschi recorre a Renate Barttsch (Apud Marcuschi 2008) para expor os aspectos