Novos e Velhos atores
PUBLICIDADE E PROPAGANDA - 1º SEMESTRE NOTURNO
ERICK NUNES SALES
FICHAMENTO DO TEXTO
COMUNICAÇÃO NO BRASIL: NOVOS E VELHOS ATORES
VENÍCIO LIMA
SÃO PAULO
2015
No cenário da globalização contemporânea, a consequência mais evidente da convergência tecnológica no setor de comunicações é a enorme e sem precedentes concentrações da propriedade, que provoca a consolidação e a emergência de um reduzido número de megaempresas mundiais.
No prefácio a 5ª edição de seu livro, Bem H. Bagdikian adverte que cada novo ano e a cada nova edição de seu livro, o número de empresas que controla todas essas mídias tem encolhido: de 50 grandes empresas em 1984 para 23 em 1990 e, em 1996 o número de grandes empresas de mídia com poder dominante na sociedade é próximo de dez.
Esse inédito processo de oligopolização e emergência de novos e poderosos global players no cenário econômico e político mundial tem sido explicado pelos executivos do setor. Argumentam eles que, considerando o nível elevado dos investimentos necessários, a integração horizontal, vertical e cruzada da indústria de comunicações.
As consequências disso são, entre outras, a fusão das diferentes políticas públicas em uma única política de comunicações e a presença dos novos global players como poderosos atores na formulação dessa política de comunicação. NO Brasil essas consequências podem ser verificadas a partir das profundas transformações que vem ocorrendo desde o início do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso.
O padrão universal de concentração da propriedade e a presença dos global players encontram no Brasil um ambiente historicamente acolhedor. A legislação do setor ainda não foi uniformizada. Se, por um lado, a Constituição brasileira fez que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”, normas legais mais recentes, por intensão expressa do legislador, não incluíram dispositivos diretos que