Novos processos de interação e comunicação - Sintese Comentada
Novos processos de interação e comunicação
No ensino mediado pelas tecnologias
Vani Moreira Kenski
O momento vivido hoje pelo Educação não é novidade para os educadores, as novas tecnologias sempre alteraram as formas de transmissão do conhecimento. Se olharmos para trás, veremos que as primeiras formas de educação não contemplavam o diálogo entre professor e aluno. O mestre era a encarnação do conhecimento e o aprendiz devia absorver o conhecimento através da imitação e observação do mestre. Embora já houvesse a tripla temporalidade: ouvir – pensar – fazer, que de acordo com a autora é a costumeira divisão do ensino em todos os tempos, ela não se dava partindo de uma interação que permitisse a troca de ideias.
A escrita feita a mão, inicialmente, e o surgimento do livro, geraram um nova tecnologia de transmissão de conhecimentos que alterou a forma de ensino até então utilizada. O conhecimento continuou encarnado no mestre, agora autor, mas dispensou sua presença física e, com isso, fez com que um mesmo mestre pudesse ter milhares, milhões de aprendizes. Por outro lado permitiu, também, que um aprendiz pudesse ter uma infinidade de mestres, dado o número de livros que poderia ler. O tecnologia do livro ampliou os horizontes de mestres e aprendizes, mas ainda mantinha limitada a interação professor-aluno porque não é possível alterar o que está escrito.
Essa limitação do livro, não é muito diferente da limitação da escola tradicional que também limita a interação dos conhecimentos, os quais ficam restritos por meios de programas e currículos. Além disso, “restringe igualmente o acesso à informação a um número limitado de pessoas: alunos e professores” (Kenski, 2009, p. 239). Essa escola tradicional mantém a tripla temporalidade citada anteriormente pela autora (ouvir – pensar – fazer), onde o aluno “ouve” aquilo que o professor ensina; desenvolve o seu “pensar” a partir de discussões e exemplificações daquilo que foi ensinado e assim