Novos arranjos familiares
Novos Arranjos Familiares
A sociedade contemporânea tem proporcionado mudanças no sistema familiar. Se voltarmos ao tempo de nossos avós podemos perceber que o modelo de família predominante era o de um casal, formado por um homem, provedor financeiro, e uma mulher, administradora do lar e responsável pelo cuidado e educação dos filhos. A família de hoje aparece em meio a uma nova realidade, cada vez mais os parceiros têm alternado os papéis conjugais e dividido suas responsabilidades, de tal modo que a família hierárquica foi perdendo espaço para uma família cada vez mais igualitária, não havendo distinções tão discrepantes entre os gêneros. Além disso, a insistência em uma relação que não satisfaça os cônjuges parece fazer cada vez menos sentido. Neste contexto, os casamentos realizados com o ideal de que "até que a morte os separe" também foram perdendo gradativamente sua estima. Assim, a família que, do ponto de vista social, era tida como um sistema indissolúvel tem agora que aprender a lidar com a fragilidade de seus laços, pois estes podem acontecer ou se desfazer de acordo com a satisfação ou insatisfação entre os cônjuges. O que se pode observar é que diferentes arranjos familiares vêm sendo formados, se, há alguns anos era difícil encontrar crianças com pais divorciados, atualmente, esta é uma constante, casais divorciados, mulheres chefiando a família e famílias monoparentais não causam estranheza em ninguém. Além disso, expressões como: enteado, meio irmão, padrasto e madrasta já fazem parte do repertório de membros da família contemporânea. Neste sentido, o que se pode dizer é que a instituição familiar vem a cada dia se readaptando às novas demandas socioculturais, que parecem não se prender aos valores e normas de antigamente. Apesar disso, nem sempre as famílias estão preparadas para viver essas mudanças, pois os novos arranjos implicam na falência do sistema vigente. Entender