Novos arranjos familiares

UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
CSE – Centro Sócioeconômico
Disciplina: Serviço Social e Produção Textual
Aluna: Bruna Zotti

Para uma reflexão sobre o tema “Família”, primeiramente, é necessário buscar a quebra da concepção de família tradicional como a única aceita. Isto é, o entendimento de família como algo naturalmente determinado e imutável. As relações humanas não são limitadas á mera classificação biológica, elas são complexas e influenciadas por outros fatores. O conceito de família em uma sociedade está fortemente relacionado com fatores sociais, culturais, históricos e toda a conjuntura em que ela está inserida. Assim, é necessário abandonar a idéia de que família é apenas aquela que segue o tradicional padrão homem/mulher/filhos (não excluindo este modelo do conceito de família) . Para Mioto, a família é “um núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo mais ou menos longo e que se acham unidas, ou não, por laços consaguíneos” (MIOTO, 1997, p.120). Portanto, busca-se uma visão atual de família, considerando toda a diversidade de modelos possíveis. Mesmo que com o tempo, este modelo de família-padrão, ou família nuclear venha perdendo a sua legitimidade, ela ainda é o modelo dominante na sociedade ocidental contemporânea. A maior parte da população, levando-se pelos seus valores e crenças, considera de fato, a família nuclear como a única aceitável ou “correta”e muitas vezes julgando e condenando os modelos que estejam fora do padrão. Isso pode ser facilmente observado no dia-a-dia, já que não é nada raro ouvirmos falas como –“Onde já se viu um homem com outro homem? O que vou dizer para os meus filhos? Isto está muito errado!”. A predominância desse modelo na sociedade teria surgido junto com o capitalismo, que exigiu adaptações do modelo familiar anterior, evoluindo para uma uma família nuclear burguesa. Determinou-se o padrão pai, mãe e filhos, sem necessidade de ligação com