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Há tempos a política vem sendo vista, para muitos, como algo já um tanto desnecessário, superado. Tendo em vista o atual cenário de corrupção, individualismo e alienação dos indivíduos, a crença de uma transformação social através da participação política perde força. Contudo, ela é o meio pelo qual o povo pode ter voz, influência, portanto indispensável na esfera social.
Ao analisar politicamente a história da civilização humana, percebe-se que as mudanças em prol de melhores condições de vida foram sustentadas principalmente pela mobilização popular. Os recentes movimentos nos países do norte da África e no Oriente médio, na chamada Primavera Árabe, destituíram desses países seus governantes déspotas para respirar ares mais democráticos, que garantissem mais direitos. Mesmo em um ambiente adverso à prática da política em parceria com a população, a participação dos cidadãos toma grande importância e influência nas rédeas políticas, sociais e econômicas de uma nação.
Através da participação política, é possível controlar e consertar as falhas existentes nos mecanismos de funcionamento da máquina estatal, que permitem que sejam praticadas a corrupção e a alienação do cidadão. Através do voto, dos meios de comunicação de massa, da internet (em especial as redes sociais), de pressões e manifestações populares, é possível construir um cenário muito mais apto à instauração da real democracia. O julgamento do mensalão, por exemplo, expôs ao Brasil e ao mundo os “buracos” existentes na política que, por meio da participação popular, podem ser corrigidos.
Dada a sua importância, o indivíduo que não busca compreender, analisar e participar dela está abdicando do maior poder de mudança que ele possui em suas mãos. Ele renuncia à possibilidade de maior estruturação da saúde, da educação, da segurança e outros eixos pertinentes ao seu local de convívio.
A participação política, portanto, possui um caráter muito mais abrangente do que