Nove Passos para a Obra Sustentável - resumo
No Brasil, muitos consumidores duvidam da reputação e da qualidade dos produtos e serviços sustentáveis, porque confundem sustentabilidade com ecologia, e acham que tudo o que é sustentável é mais caro e não tem ampla oferta no mercado, além de desconhecerem os critérios que os tornam verdes. A exemplificar, no Brasil, apenas 29% das empresas desenvolvem alguma ação de modo a organizar uma rede de fornecedores socialmente responsáveis e 31% possuem políticas para efetivar "compras verdes".
Pesquisas realizadas por empresas de consultoria especializadas no segmento de construções sustentáveis mostram que empreendimentos verdes reduzem em até 30% o consumo de energia, em 50% o consumo de água, em 35% a emissão de CO2 e em até 90% o descarte de resíduos, além de garantir um ambiente interno mais saudável e produtivo.
Diferente da opinião geral, os edifícios sustentáveis não é necessariamente mais caro, até porque o retorno do investimento ocorre em prazos mais curtos devido a redução de custos operacionais, busca de soluções locais, racionalização de projeto e aceitação de mercado. Investir em sustentabilidade dos edifícios traduz diretamente em economia de água e energia elétrica, mas também em racionalização construtiva e redução de custos de retrabalho e desperdício, que podem representar até 1/3 de uma obra mal gerenciada. Não obstante, há imensuráveis ganhos de marca, ambientais e de qualidade de vida. Na França 80% dos empreendimentos habitacionais têm certificação de sustentabilidade e os não-sociais com certificação chegam a 25%.
De acordo com as recomendações básicas para projeto de arquitetura sustentável da AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), os princípios norteadores do projeto sustentável são:
• Aproveitamento de condições naturais do local, implantação e análise do entorno, que também são premissas da arquitetura bioclimática que considera a edificação parte