Novasmidiassss
2152 palavras
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Michael Rush, em seu livro Novas Mídias na Arte Contemporânea, traça um panorama geral e evolutivo da arte temporal, que para ele seria o casamento da arte com a tecnologia, no qual a temporalidade da forma artística passou a ser central. Por essa evolução estar aliada ao surgimento das novas tecnologias, muito da produção artística refletia o contexto temporal e econômico de uma sociedade. No segundo capítulo de seu livro, Rush se detém sobre o surgimento da videoarte como forma de expressão artística. Para ele, a videoarte surge no contexto de meados dos anos 60, no qual estabelecia-se uma nova sociedade de consumo baseada em mundo cada vez mais dominado pelos meios de comunicação em massa. Nesse momento, o meio de comunicação em massa de maior expansão era a televisão, uma vez que já em 1960, 90% dos lares americanos possuíam aparelhos televisivos. Neste contexto, muitos artistas parecem ter seguido os estudos do autor canadense Marshall McLuhan. Para McLuhan, os meios de comunição em massa seriam novos meios de expressão e o uso desses novos meios “…é ,de certa forma, uma nova linguagem, uma nova codificação de experiência gerada coletivamente por novos hábitos de trabalho e conscientização coletiva inclusiva”. Além disso, para McLuhan, “os novos meios de expressão não são maneiras de nos relacionarmos com o antigo mundo ‘real’; são o próprio mundo real e remodelam livremente o que resta do mundo antigo.” Dessa forma, era inevitável que os artistas dos anos 60 não voltassem suas energias e vontades criativas para as possibilidades do vídeo. Segundo Rush, “uma ideia fundamental defendida pela primeira geração de videoartistas era que, para existir uma relação crítica com a sociedade televisual, era preciso primeiramente participar de forma televisual.” Tal participação direta com a televisão ocorreu primeiramente por meio de artistas como o coreano Nam June Paik e o alemão Wolf Vostell. Ambos deslocaram o aparelho de televisão de seu contexto normal da