Novas tendências de automação topográfica
1. Introdução
A Topografia, cuja etimologia do termo significa "descrição do lugar", é, classicamente, definida como sendo a ciência que estuda uma área limitada da superfície terrestre, com a finalidade de conhecer sua forma (quanto ao contorno e ao relevo) e a posição que a mesma ocupa no espaço geográfico georeferenciado, sem levar em consideração no tratamento dos dados medidos no campo a curvatura da Terra. Para alcançar seu objetivo primordial, a Topografia fundamenta-se no conhecimento dos instrumentos e dos métodos que se destinam para efetuar a representação do terreno sobre uma superfície plana de projeção denominada de plano topográfico.
A Geodésia e a Geografia estão intimamente vinculadas à Topografia, utilizando originalmente de observações astronômicas para a localização dos pontos situados na superfície terrestre e representá-los nas cartas geográficas, posteriormente os levantamentos geodésicos passaram a aplicar processos rigorosos nas medidas, só possíveis com o emprego de instrumental detentor de grande precisão que foram desenvolvidos.
A Geodésia determina, com elevado grau de precisão, as coordenadas geográficas de uma rede de pontos, denominados de pontos de Laplace, implantada sobre a superfície terrestre. Estes pontos caracterizam malhas geodésicas com geometria constituída por triângulos justapostos, por polígonos com vértice central ou por quadriláteros, materializadas na superfície terrestre e justaposta à do Elipsóide de Revolução Terrestre. É, portanto, uma ciência que abrange a totalidade ou seja, seu campo de atuação é toda a superfície planetária, ao passo que a Topografia se ocupa do detalhe de cada malha ou quadrícula.
A Topografia admite, simplificando, que as malhas são planas para poder utilizar os procedimentos matemáticos da Geometria e da Trigonometria Plana, detalhando as áreas em questão e estabelecendo vinculação entre os pontos topográficos situados na área