"Novas perspectivas historiográficas sobre as populações indígenas
Aluno: Luciana
Avaliação da Unidade III:
"Novas perspectivas historiográficas sobre as populações indígenas no processo de colonização da América".
Na obra de Gruzinski, vemos apenas as partes negativas da colonização e o papel passivo do índio neste processo, como o cristianismo duramente imposto desde o início da colonização e a exploração presente de diversas formas trazendo transtornos aos indígenas como a perda demográfica significativa em um século de colonização, que reduziu-se a 3% dos nativos nas vésperas da conquista. Tendo como uma das causas para o autor: a desorientação cultural produzida pela imposição do cristianismo, momento em que viram seus templos e ídolos destruídos, além de serem perseguidos por dogmatizadores e seu povo morto por incontroláveis epidemias trazidas pelos espanhóis. Segundo o autor o essencial da existência indígena era “a idolatria”, apesar de achar o termo paradoxal com as obsessões dos evangelizadores do século XVI, ele o manteve. Eles se enfrentaram não só no religioso, político e econômico, mas também no domínio de suas respectivas percepções do real. Para Gruzinski, a idolatria pré-hispânica é mais que uma expressão religiosa, mas uma forma de traduzir a concepção indígena do mundo. E mesmo que o cristianismo fosse imposto pela ocupação do espaço, celebrações, missas e festas, eles continuavam em seus ambientes domésticos com seus ídolos, rituais e superstições protegidos dos olhares espanhóis. Como mostra o autor:
“...A idolatria não só fornecia resposta para a desgraça biológica e social e a precariedade das condições de vida, como também, e mais ainda, incutia um modo de ver e de agir em contextos tão distintos e complementares quanto a ancestralidade, a produção e a reprodução, o corpo doente, o fogo doméstico, a vizinhança, os campos, o espaço mais recuado do monte no qual se caçavam cervos e coletava mel selvagem.”1
Até recentemente a historiografia utilizava noções de aculturação e resistência para