NOVA OBJETIVIDADE BRASILEIRA
Organizada por um grupo de artistas e críticos de arte, a exposição foi realizada no MAM/RJ com a participação de 47 artistas, principalmente do Rio e de São Paulo A tese que Hélio Oiticica apresentou em Proposta 66 foi da maior importância para a caracterização da Nova Vanguarda. Ele introduziu o conceito de "Nova objetividade", pois preferia esse designação a Novo realismo (a definição de Mario Schenberg), sua proposta fundamentava a autenticidade dessa vanguarda, através de uma contribuição sem precedentes na história da arte no brasil, rompia com os limites artísticos convencionais da obra, para trazer a arte ao campo do vivencial no que se refere à proposição.
Por um lado, Hélio Oiticica elaborava um conjunto de idéias fundamental para o seguimento do processo de vanguarda. Ele afirmava que os artistas haviam abandonado as pesquisas estéticas, de descobertas das estruturas primordiais, voltando-se para o estabelecimento de ordens objetivas ou para a criação de objetos, dos mais variados tipos , abrangendo não só o problema visual, mas toda a escala sensorial passível de se apreender, pesquisavam as raízes subjetivas de um comportamento existencial coletivo ou individual. Não importava mais impor idéias e estruturas acabadas ao espectador, eles queriam que com a descentralização da arte o indivíduo pudesse "experimentar a criação" . O espectador experimentaria a possibilidade de deixar de ser espectador para ser participador, podendo ampliar seu campo imaginativo ou mesmo criá-lo. Por exemplo a obra de Lygia Clark ela propunha uma arte vivencial, desejando eliminar a contemplação do espectador, levando-o a uma participação direta, ao terminar a experiência restariam os atos do espectador "Através de Caminhando perco a autoria, incorporo o ato como conceito de existência . me dissolvo no coletivo,( Lygia Clark, Da supressão do objeto. Arte em revista, São Paulo, n.7,)
Por outro lado, a continuidade das propostas