nova matriz macroeconômica brasileira
A estabilidade econômica brasileira foi conquistada após grandes períodos variação e depreciação da economia nacional que se agravaram principalmente na década de 80 e inicio dos anos 90. O equilíbrio da economia foi alcançado através do uso de uma matriz macroeconômica formulada por um tripé entre superávit primário, regime de câmbio flutuante e meta de inflação. A eleição da presidente Dilma Rousseff trouxe um impacto significativo para a economia brasileira devido a implementação de uma “nova matriz macroeconômica”. Essa nova matriz consiste em juros mais baixos (o que provocou dúvidas quanto a “independência” do Banco Central), câmbio mais desvalorizado em relação ao dólar (sob a justificativa de ajuda e proteção a indústria nacional) e uma meta fiscal de superávit primário (muito questionado devido a engenharia dos cálculos não claros). A gestão Dilma começou a realizar mudanças na economia efetivamente em agosto de 2011, após o plano Brasil Maior. O plano aumentou inicialmente a meta fiscal em 10 bilhões. A justificativa do governo Dilma para mudança na matriz macroeconômica brasileira é de que a antiga não se aplicaria mais no mundo mergulhado na crise de 2008. A adoção da nova matriz macroeconômica não causou o efeito esperado de crescimento a uma taxa de 4% e trouxe de volta ao contexto do país pressões inflacionárias, um velho temor brasileiro. O Banco Central foi obrigado a tomar medidas para conter a alta inflacionária aumentando a taxa básica de juros. Em 2012, a taxa chegou ao patamar histórico de 7,25% e atualmente encontra-se em 11%, superior em 0,25p.p comparado ao inicio do governo Dilma (Dez 10 – 10,75%). O mercado começou a desconfiar da nova matriz quando os Estados Unidos sinalizaram que poderiam moderar a compra de títulos no mercado e elevar os juros. Em março de 2014 a agência Standard&Poor’s rebaixou a nota de grau de investimento do Brasil para BBB-, o que questionou ainda mais a nova matriz