Nouvelle historie
Jacques Le Goff, o medievista, nasceu na França em 1924 e pode ser considerado um dos principais expoentes da história das mentalidades, integrou a escola dos Annales, revista da qual atualmente é co-diretor. Boa parte de suas obras estão ao alcance do leitor brasileiro, traduzidas para o português. Uma delas é “A Nova História”, obra a qual será retratada nessa resenha.
O livro produzido por Jacques Le Goff em parceria com Roger Chartier e Jacques Revel. Trata-se de uma coletânea de textos a respeito da Nova História. O texto que revela grande destaque é “A História- Uma Paixão Nova”. Trata-se de uma mesa redonda, cujas entrevistas são realizadas pela revista Magazine Littéraire (Revista Literária), revista esta que foi escolhida por ser de barata distribuição e fácil acesso a massa; a mesa redonda é composta por Philippe Ariès, Michel de Certeau, Jacques Le Goff, Emmanuel Le Roy Ladurie e Paul Veyne. A proposta é examinar a educação francesa e como a Nova História está inserida nesse novo contexto. A discussão está em analisar a inserção da interdisciplinaridade no processo da pesquisa historiográfica, apontando assim uma imensa abertura à renovação no campo da História e enriquecimento de currículo, principalmente com a junção da Geografia e da Sociologia. Segundo Le Goff, o termo “História Nova” já fora utilizado bem antes dele e origina-se com um novo olhar para TODAS as coisas, rompendo com a análise aristocrática feita pelo positivismo e do materialismo histórico proposto pela “Escola dos Annales”, sendo assim, pensa e estuda a História como um todo, do micro ao macro, analisa a evolução social através de todos os seus agentes, a história se torna ampla e não mais limitada e direcionada como outrora.
O texto mostra ainda que com o aumento do campo documental a pesquisa clássica, fundamentada apenas no que era escrito já não era suficiente, a pesquisa deveria basear-se agora na multiplicidade de fontes seja ela uma figura,