Notas sobre o PIB do primeiro trimestre de 2011

Notas sobre o PIB do primeiro trimestre de 2011

No último dia 3, o IBGE divulgou os resultados do Produto Interno Bruto brasileiro em relação ao primeiro trimestre de 2011, que acumulou R$ 939,6 bilhões, representando uma alta de 4,2% sobre o mesmo período de 2010. Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, também houve alta, de 1,3%. Algumas das áreas que mais se destacaram foram os setores de serviços (aumento de 4%), indústria (3,5%) e agropecuária (3,1%).

Outro número destacado pelos dados do IBGE foi o da Formação Bruta de Capital Fixo, também teve um extraordinário crescimento –8,8%, bem maior que o do consumo das famílias (6,4%), por exemplo. Este crescimento pode ser explicado pela expansão da importação (29%, contra 9% das exportações) e da produção interna de máquinas e equipamentos, de acordo com a gerente de contas nacionais do instituto, Rebeca Palis. Esta alta da FBKF também ajudou bastante no cálculo da taxa geral, já que em comparação ao trimestre anterior, houve certa desaceleração na margem do consumo das famílias (ainda que também tenha havido crescimento), mantendo a demanda doméstica mais forte.

Mesmo assim, o consumo de famílias também registrou uma alteração digna de nota, com crescimento de 5,9% (em relação ao mesmo período de 2010) - é a trigésima variação positiva seguida, e que de acordo com o IBGE, se deve, entre outros, aos aumentos de salários no final do ano e da grande oferta de crédito para as pessoas físicas.

No mesmo dia, as autoridades do sistema financeiro comentaram os números, em notas e entrevistas coletivas. O presidente do Banco Central Alexandre Tombini destacou a importância da demanda doméstica. Porém, o ministro da Fazenda Guido Mantega já avisou: os índices vão desacelerar a partir do próximo trimestre, devido à série de ajustes do governo para diminuir o crescimento e controlar a inflação, em especial às medidas macroprudenciais de moderação do crescimento do crédito, que agora já se