Nota sobre o processo de alfabetização (sergio leite)
A diferença entre os dois modelos esta relacionada com a questão da escrita. no modelo tradicional a escrita era vista como representação da fala;
Ler e escrever como codificação e decodificação, ensino do código e da leitura mecânica para depois ensinar o aluno a utilizá-lo, sendo difícil atingir tais objetivos. Neste modelo de ensino, existe ainda a questão da "prontidão" no qual se acredita na existência de um momento ótimo para aprender a ler e a escrever determinada pela maturação neurológica e pelas experiências de vida (pré-requisitos para a alfabetização), sendo essa questão aplicada na pré-escola, deixando a alfabetização para ser desenvolvida na primeira série.
No modelo atual, utiliza-se um sistema de signos determinando um devido significado ao mesmo histórica e culturalmente, ou seja, uma palavra escrita somente será significativa se compartilhada pelos membros da comunidade. A escrita deve ser utilizada no dia a dia dos indivíduos dentro da sociedade (escrita verdadeira x escrita escolar).
Em sala de aula a escrita verdadeira trabalha a alfabetização utilizando o texto desenvolvendo a linguagem oral e escrita em situação de discurso e a unidade de sentido que ensina o aluno a construir, a dominar a leitura e a escrita dentro do seu meio social.
A cauda das criticas relacionadas ao modelo tradicional é o analfabeto funcional, um sujeito que estuda durante alguns anos e decora os signos, mas sai da escola não sabendo utilizar o que estudou no desenvolvimento da sua cidadania na sociedade em que vive. Surge também a necessidade de desenvolver novos modelos de alfabetização devido ao crescimento da sociedade tornando-se mais exigente quanto a formação do indivíduo como cidadão consciente.
Baseando-se nessas criticas