Nota fiscal eletrônica
Danilo SanchesTheo Carnier
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SÃO PAULO - A nota fiscal eletrônica (NF-e) já movimentou no mercado brasileiro cerca de R$ 13,4 trilhões, mais de quatro vezes o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com tendência de continuar subindo em ritmo acelerado, na previsão de Marco Antonio Zanini, diretor geral da empresa NFe do Brasil. Ele afirma que um grande número de pequenas empresas está com dificuldades de se adaptar à nota fiscal eletrônica, mas acredita que essas companhias têm opção no "cloud computing" (computação na nuvem, em uma tradução livre, tecnologia que disponibiliza softwares acessados via internet).
Grandes investimentos, no entanto, podem acabar onerando as pequenas empresas. Para José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo (Sescon-SP), a NF-e pode aumentar os gastos principalmente das pequenas empresas. "Para as pequenas é um investimento sem retorno", afirma Chapina.
A dificuldade dos micro, pequenos e médios empresários, bem como a comodidade e segurança para as grandes empresas é oportunidade de mercado observado pela Central de Custódia de Documentos Eletrônicos (CCDE). Motivada pela demanda de grandes empresas dos setores que já sofrem a obrigatoriedade da emissão da NF-e, a CCDE surge no mercado como uma empresa visionária de um cenário que deve sofrer com os "custos ocultos da NF-e", segundo Flávio Richieri, diretor-geral da CCDE.
"Algumas empresas precisaram ampliar em mais de 10% sua área fiscal apenas para corrigir erros e validar notas com gerentes de banco", afirma Richieri. Esta atividade, observada por enquanto entre grandes empresas, poderia ser fatal para micro e pequenas empresas, por exemplo.
A empresa, que presta serviços de armazenagem e distribuição de documentos eletrônicos, realiza atualmente a última fase de seu projeto pré-operacional atendendo a um grande cliente que demanda a gestão