Noroeste fluminense
A região Noroeste Fluminense se situa no limite com os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, correspondendo a cerca de 13,5% da área total do Estado do Rio de Janeiro. É composta por 14 municípios, que estão localizados às maiores distâncias relativas da capital do Estado, tornando praticamente inviáveis as chamadas migrações pendulares e dificultando os contatos com o nível central de atenção à saúde. Municípios como Itaperuna, Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do Itabapoana apresentam uma área superior a 500 km2.
A população total da região Noroeste Fluminense corresponde a apenas 2% do total do Estado, a despeito de sua relativamente grande extensão territorial. As densidades demográficas líquidas são muito baixas, especialmente em Cardoso Moreira e São José de Ubá, onde não chegam a 30 habitantes por km2. A região apresenta ainda uma certa tendência de feminização da estrutura populacional, sugerindo migrações laborais diferenciadas por sexo. Taxas de fecundidade medianas, à exceção de Varre-Sai, Cardoso Moreira, Miracema e Laje do Muriaé, acompanham as taxas de crescimento anual abaixo da média estadual, e muitos municípios mostram taxas negativas, apesar de sua baixa magnitude. Somente Aperibé apresentou crescimento significativo entre 2000-2005, e mesmo este crescimento não chega a se destacar dos padrões demográficos de crescimento clássico.
Na média, o Noroeste Fluminense se equipara ao Estado no que toca à proporção de menores de cinco anos, apesar de Italva e Itaocara se destacarem pelo baixo percentual de crianças em sua pirâmide etária, acompanhado de uma elevada proporção de idosos. Nesse aspecto, a região supera a média estadual, situação corroborada pelo índice de envelhecimento muito elevado (com destaque para Cambuci, Italva e Itaocara). As expectativas de vida ao nascer e aos 60 anos destes municípios, porém, não alcançam tanto destaque, mostrando que esse envelhecimento populacional é relativo, ou seja, reflete