Normas regulamentares
......É incrível o poder de autodestruição que algumas empresas têm. Muitas, simplesmente “AmBevecidas” com o crescimento e o aumento repentino de lucratividade, não param para avaliar o que pode acontecer com um crescimento sem estrutura. Clientes, que anteriormente recomendavam um determinado local para seus amigos, agora insatisfeitos podem levar um negócio à ruína.
......Transcrevo abaixo o que seria o meu diário em um sábado à tarde. Uma aventura gastronômica de um cliente que topou com todo o tipo de idiossincrasias em termos de mau atendimento em um certo restaurante.
Sábado, 20 de novembro de 2004.
......13h – A fome aparece. Resolvo sair para comer algo em um restaurante perto de casa, visto que a fome, apesar de intensa, ainda era menor do que a preguiça de cozinhar algo.
......13h20 – Chego a um restaurante bem simpático que está ganhando o paladar dos moradores do meu bairro. Lotado.
......Pergunto a um dos dois garçons, que parecem enlouquecidos com o movimento, quanto tempo deveria demorar um prato de bife com batatas fritas.
......“Ih, dotô...coisa de dez minutinhos”, diz o garçom equilibrando uma bandeja de refrigerantes em uma das mãos e uns doze pedidos na memória.
......Faço o pedido.
......Partindo em direção a uma mesa que acabara de vagar, sinto-me em uma daquelas cenas “hollywoodianas” em que três ou quatro pessoas disputam um táxi nas ruas de Nova York. Perco a disputa pela mesa. Um senhor obeso se põe na minha frente e consegue me atrasar por cinco segundos, tempo suficiente para que eu a perdesse.
......13h30 – Os dez minutos se passaram e nada do meu prato. Ainda espero por uma mesa.
......É interessante notar que certos restaurantes não percebem um fato corriqueiro: quando um cliente chega para almoçar, provavelmente ele não está ali por puro lazer, mas sim porque está com fome. Segundo Abraham Maslow, (1964) não existe nenhum sentimento que deixe o ser humano mais