Normas contabeis
IFRS NO BRASIL E A NOVA ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL PROPOSTA NA REFORMULAÇÃO DA LEI 6.404/76 E SEUS REFLEXOS SOBRE OS INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS DELE EXTRAÍDOS.
RESUMO
A análise das demonstrações contábeis propicia a avaliação do patrimônio da empresa e ampara o processo de tomada de decisões. Como fonte de elaboração de relatórios gerenciais avalia o resultado econômico e financeiro da empresa em um momento estático ou sua evolução, ou não, em diversos períodos, apresentando-se como uma determinante na comparação entre os resultados realizados e os planejados, servindo de suporte para ações que melhorem seu desempenho no futuro.
Porém, alguns índices são compostos por grupos do Balanço Patrimonial que serão extintos após a aprovação do anteprojeto, como Ativo Permanente. Realizável a Longo Prazo tornar-se-á subgrupo do Ativo Não Circulante, para tanto, será discutido a necessidade de recomposição dos índices de avaliação do desempenho empresarial ou apenas o ajuste à nova realidade.
O presente artigo tem por objetivo demonstrar as mudanças propostas pelo anteprojeto de reformulação da Lei 6.404/76 na estrutura do Balanço Patrimonial e discutir qual será, após sua futura aprovação, sua influência na análise das demonstrações contábeis.
INTRODUÇÃO
Com a globalização da economia os investidores mundiais em especial os possuidores de ADRs no NYSE, tiveram necessidade de criar norma internacional que devem ser adotados por todos os países. As Normas Internacionais IFRS foram baseadas nas normas americanas US GAAP. Nos anos 1980 vários estudos identificaram diferenças nas interpretações contábeis de diversos países em comparação a US GAAP, aparte dessas informações. Em 1988 Hofstede Gray propôs a classificação da contabilidade em quatro grandes eixos, segredo, otimismo, conservadorismo e transparência que através dessa metodologia, Gray mensurou as discrepâncias nos resultados