Norman angell - a grande ilusão

UFRRJ – ICHS RESENHA CRÍTICA
Texto: ANGELL, Norrnan. A grande ilusão. São Paulo: UnB, 2002. Caps. I e III. pp. 3-10 e 21-36. A seguinte resenha tem como base os capítulos I e III do livro “A grande ilusão” de Norman Angell. No primeiro capítulo, a tese do autor é pautada no discurso que defende a guerra sob um aspecto econômico. Já no terceiro capítulo, o autor desenvolve a tese de que todos os argumentos utilizados para a defesa da guerra pelo viés da economia, não passam de uma grande ilusão. Angell enfatiza o dilema de segurança existente entre a Inglaterra e a Alemanha e questiona a que proporções tal evento poderia chegar. Apresenta dois diferentes tipos de solução do conflito, uma pacífica e outra hostil. Argumenta sobre o fracasso dos esforços de paz e critica o discurso de alguns “defensores” da paz influenciados pelo caráter universal dos tradicionais axiomas da política internacional. Evidencia equívocos relacionados às idéias realistas, a ilusão de ótica causada pela conquista de outras nações e o real significado dessas premissas. Na primeira parte de sua tese, o autor contesta as teses de W.T. Stead e Frederick Harrison, preeminentes propagandistas da paz que mostram a ineficácia das belas palavras sobre paz e fraternidade em meio a um ambiente de risco para a humanidade. Angell também apresenta o pensamento de um intelectual alemão chamado Von Schulz Gaevernitz que defende a grande importância da marinha alemã para a garantia de existência do povo alemão. Após apresentar esses pensamentos, ele confirma a tese de que a motivação ordinária dos pacifistas perde a força, pois eles são os primeiros a aceitar que a luta pela supremacia política resulta em vantagens materiais. Ao citar Edward Grubb e Conde Leon Tolstoi, ele coloca em evidência a questão do “altruísmo” das relações internacionais que defendem os interesses do vencedor, mesmo que imorais. Na segunda parte de sua tese ele mostra que na maioria de suas