Nordeste imigração
a) O Nordeste continua sendo o principal pólo de emissão de migrantes inter-regional. Dos 17 milhões de migrantes inter-regionais recenseados em 2000, 57% eram de nordestinos. O saldo migratório negativo da região passou de 6.598 mil, em 1991, para 8.652 mil, em 2000; é importante lembrar que, no último período intercensitário, o estoque de emigrantes nordestinos presentes nas demais regiões cresceu a uma taxa de 3,02% a.a., enquanto que, entre 1980 e 1991, essa taxa foi da ordem de 1,89% a.a;
b) A região Sudeste permanece sendo o principal polo de destino dos migrantes nordestinos (70%). O segundo pólo mais importante de absorção dos emigrantes nordestinos é a região Centro-Oeste (14,4%), seguido de perto pela região Norte (12,9%); esses dados mostram que apesar da importância das áreas de expansão de fronteira agrícola na atração sobre os fluxos emigratórios do Nordeste, elas podem ser consideradas secundárias quando comparadas à região Sudeste;
c) Na região Sudeste, as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro (principalmente a primeira) são os grandes destinos dos emigrantes nordestinos. Isso denota o caráter fortemente econômico de determinação dos fluxos migratórios inter-regionais nas últimas décadas. Importa destacar que a RM de São Paulo continua a desempenhar esse papel, apesar da crise econômica que aí incide com maior intensidade, determinando um índice de desemprego bastante elevado;
d) As regiões metropolitanas situadas no Nordeste (Fortaleza, Recife e Salvador) absorvem, principalmente, migrantes procedentes dos próprios estados onde se situam e, em segundo lugar, dos demais estados do Nordeste, podendo ser consideradas como regiões metropolitanas de polarização intra- regional;
e) Todos os estados do Nordeste apresentam saldo migratório negativo. Até mesmo o Maranhão, que, durante as décadas de 60 e 70, era um absorvedor