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A conseqüência da crise petrolífera no Brasil.

Primeira mente com a descoberta de que o ‘ouro-negro’ teria seu fim próximo, e posteriormente a criação da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a crise no petróleo teve influência e conseqüência no Brasil.
O governo brasileiro de maneira contrária adotou a estratégia de “desaceleração progressiva” alegando que uma política de choque geraria desemprego em massa e poderia provocar grande desorganização do setor produtivo, que teriam consequências econômicas e sociais de maneira catastróficas.
O cerne dessa estratégia consistia em:

(a) manter as importações físicas de petróleo em níveis relativamente elevados, com objetivo de não prejudicar o nível da atividade econômica interna, até que fosse possível se levar a cabo sua substituição por outras fontes energéticas;

(b) intensificar o esforço de investimento interno, em especial na área de substituição dessas importações e na área de produção de álcool carburante visando, de um lado, contrabalançar o aumento do valor das importações de petróleo e, de outro lado, diminuir as necessidades de sua importação, em médio prazo;

(c) estimular as exportações a fim de fazer face, em curto prazo, tanto ao aumento do valor das importações de petróleo como ao aumento do valor de importações associadas ao próprio programa de substituição de importações concebido pelo governo.

Conforme se sabe essa estratégia resultou em manter elevado ritmo de crescimento da atividade econômica interna e do emprego, em particular no setor industrial, mesmo durante períodos nos quais os países desenvolvidos foram acometidos por profunda recessão. Em contrapartida, essa estratégia foi acompanhada: (a) por arrefecimento da taxa de crescimento da produção agrícola, sobretudo no setor dos produtos agrícolas essenciais; (b) por substancial aumento da dívida externa; (c) por aumento sem precedentes do déficit de caixa do governo federal; (d) pelo recrudescimento das